Território da Serra

Lugares únicos que proporcionam experiências e trazem uma aprendizagem indispensável

Citemos o que João Domingues Almeida, na sua obra, nos diz a propósito deste maciço: “Esta cadeia montanhosa localiza-se entre os rios Paiva e Vouga, e entre as serras de Montemuro, a norte, e do Caramulo, a Sul, estando totalmente implantada no Maciço Antigo ou Hespérico (FERREIRA, 1978; ROCHETTE CORDEIRO, 1988: 91). É uma das cordilheiras geologicamente mais complexas da área em estudo.”

A Serra da Arada é uma das Serras do maciço da Gralheira, também chamado de cordilheira Arada-Freita ou Serra da Freita/Arada/Arestal/S. Macário. Os limites exatos de cada uma destas serras são discutíveis. E não é conhecido nenhum documento que trace estes limites exatamente. Freita e Arada tem aproximadamente a mesma altitude (o planalto), só o Arestal é cerca de 200 metros mais baixo. Alguns autores, como é o caso de Rochette Cordeiro (geomorfólogo da Universidade de Coimbra) considera que a serra é toda a mesma e que os nomes distintos advêm de pertencerem a distritos diferentes (Aveiro – Freita e Viseu – Arada). A professora Beatriz Valle Aguado considera tudo também o mesmo bloco e chama-lhe apenas Serra de Arada. Localmente as toponímias multiplicam-se ainda mais, chegando a haver autores que dividem a Serra da Arada em serras mais pequenas, considerando, por exemplo, a Serra da Gravia, a Sul e a Serra de Manhouce, a Sudoeste, entre outras.

Figura 1: A Laranja a Serra do Arestal, a Azul a Serra da Freita, a Verde a Serra da Arada (com as várias pequenas serras que a constituem) e a Roxo a Serra de São Macário.

A Serra da Arada tem uma elevação com 1071 metros de altitude, cota esta obtida no Alto da Cabria, junto à aldeia da Arada. Localiza-se, ligeiramente, a Noroeste da localidade de São Pedro do Sul, de onde dista cerca de dez quilómetros de distância e em cujo o concelho se situa. Situa-se na transição da Beira Litoral para a Beira Alta.

“Pela sua elevação constitui este ponto (Serra da Arada) aquele que mais vasto horizonte visual nos proporciona. A nossos pés estende-se Carvalhais, num piano que lembra fotografia tirada de avião. O verde escuro dos pinhais abre-se aquém e além numa mancha de casario granítico circundada pelo verde claro dos prados.

Saindo dentre os pinhais, rasgando o campo, aproximando-se e ultrapassando as povoações, a lista serpenteante dos ramais de estrada que servem as aldeias; por entre as vessadas, nos vales mais fundos, os fios cintilantes dos ribeiros que, como artérias dum corpo, vão vitalizando tudo o que, lá em baixo, na vasta campina, precisa de crescer e viver. Olhando mais para diante, domina-se todo o vegetalizado, humanizado e encantador Vale de Lafões, com as suas vilas, freguesias e povoados e, só o Caramulo, a uma distância retilínea de 20 Km, nos tapa esta dilatada vista para Sul. Paisagem semelhante se desdobra em direção à serra da Estrela e, para Norte e Noroeste, se adivinham para além do conjunto montanhoso da Arada outros formosos e férteis vales que são os de Arouca e Cambra. Da Arada, Pedras Altas, Cárcoda, Senhora das Chãs e Mota se admiram trechos paisagísticos muito semelhantes aos que se contemplam do Outeiro dos Carvalhos e muito agradáveis e formosos de ver.

Assenta esta freguesia em terrenos de origem granítica. Mas, na vertente da Arada, começam a aparecer afloramentos xistosos.”

TAVARES, Manuel Correia in “Carvalhais – Elementos para o estudo da freguesia”, 1963

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